Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 5 de 5
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. psicol. polit ; 22(54): 363-377, maio-ago. 2022. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1450351

ABSTRACT

Este ensaio reflete sobre como as noções de linguagem, poder, gênero e subjetividades, dialogam entre si, tomando como base epistemológica para este debate, a perspectiva teórica feminista pós-estrutural (Haraway, 1995; Scott, 2002), em sua inflexão com as propostas feministas negra (Gonzaléz, 2018); e descolonial (Lugones, 2014; Rivera Cusicanchi, 2010). Discutiremos a partir de duas cenas que atuam enquanto "eventos discursivos" (Beaugrande, 1997). O primeiro trata de uma evocação, em um encontro entre uma das pesquisadoras e uma criança, ao sistema-sexo/gênero e às ciladas discursivas que atravessam corpos e subjetividades. A segunda, descreve o encontro entre duas jovens mulheres brancas de classe média, sobre questões de aborto provocado, desnudando tensões entre igualdade e diferença e o campo dos direitos reprodutivos. Nas duas cenas as provocações se estabelecem, trazendo a centralidade da linguagem e do poder em relação com questões de raça, classe e gênero para as construções subjetivas.


This essay reflects on how the notions of language, power, gender and subjectivities dialogue with each other, taking as an epistemological basis for this debate the post-structural feminist theoretical perspective (Haraway, 1995; Scott, 2002), in its inflection with the black feminist (Gonzalés, 2018); and decolonial (Lugones, 2014; Rivera Cusicanchi, 2010) proposals. We will discuss from two scenes that act as "discursive events" (Beaugrande, 1997). The first deals with an evocation, in a meeting between one of the researchers and a child, about the sex/gender system and the discursive pitfalls that cross bodies and subjectivities. The second describes the encounter between two young white middle class women on issues of induced abortion, laying bare tensions between equality and difference and the field of reproductive rights. In both scenes, provocations are established, bringing the centrality of language and power in relation to issues of race, class and gender to the subjective constructions.


Este ensayo reflexiona sobre cómo las nociones de lenguaje, poder, género y subjetividades dialogan entre sí, tomando como base epistemológica para este debate, la perspectiva teórica feminista post-estructural (Haraway, 1995; Scott, 2002), en su inflexión con las propuestas feministas negras (Gonzalés, 2018); y descolonial (Lugones, 2014; Rivera Cusicanchi, 2010). Discutiremos desde dos escenas que actúan como "eventos discursivos" (Beaugrande, 1997). El primero trata de una evocación, en una reunión entre una de las investigadoras y un niño, sobre el sistema sexo-género y las trampas discursivas que cruzan cuerpos y subjetividades. El segundo describe el encuentro entre dos jóvenes mujeres blancas de la clase media, en torno a temas de aborto inducido, exponiendo tensiones entre igualdad y diferencia, y el campo de los derechos reproductivos. En ambas escenas, las provocaciones se establecen, llevando a las construcciones subjetivas la centralidade del lenguaje y el poder em relación a los problemas de raza, clase y género.

2.
Saúde debate ; 43(spe8): 276-291, 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1127431

ABSTRACT

RESUMO O presente ensaio visou apresentar reflexões iniciais de uma pesquisa mais ampla ainda em curso sobre as relações entre os movimentos feministas e a Reforma Sanitária Brasileira no período de 1975 a 1988. Tema pouco estudado em uma conjuntura adversa, a ditadura militar, mas também marcada por efervescências políticas e sociais, a partir de uma pesquisa documental preliminar, foram identificados eventos e documentos que indicam diálogos entre esses dois movimentos sociais. Engajados na luta pela redemocratização social e democratização da saúde, os movimentos feministas e sanitário apresentaram propostas convergentes exemplificadas pela formulação e tentativa de implementação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism). Primeira política pública de saúde que traz a integralidade, um dos princípios do Sistema Único de Saúde, no Paism, encontram-se proposições defendidas pelo Movimento Sanitário e vinculadas às pautas feministas na saúde. Entretanto, esses trânsitos parecem ter sido marcados por algumas dificuldades relacionadas com a conjugação das denominadas questões mais 'amplas' com as 'específicas' e os desafios para elaboração de pautas comuns entre os dois movimentos. Reconhece-se, portanto, a complexidade da temática. Ousa-se apresentar essas reflexões para explicitar os diálogos, as conquistas alcançadas e, talvez, contribuir para a construção de estratégias renovadas de luta pelo direito à saúde.


ABSTRACT This essay aims to present reflections from a larger, ongoing research project on the relationship between feminists movements and the Brazilian Sanitary Reform in the period between 1975 and 1988. It is a little-studied topic in an adverse political scenario, namely, the military dictatorship, but a period also marked by political and social effervescence. It was based on a preliminary archival research that identified events and documents that indicate dialogues between these two social movements. Engaged in the struggle for redemocratization and the democratization of health, these movements presented convergent proposals exemplified by the formulation and attempts of implementation of the Program for Integral Care for Women's Health (Paism). The first public policy to promote integrality, one of the principles of the Unified Health System, in the Paism we find propositions defended by the Sanitary Reform Movement and linked to feminist issues in healthcare. However, that dialogue appears to have been marked by some difficulties related to the synchronization of the so-called 'broader' issues with 'specific' ones, and the challenges for the elaboration of common issues between the two movements. We recognize, therefore, the complexity of the topic. We dare to present these reflections in order to make explicit the dialogues, the successes achieved, and to contribute to the construction of renewed strategies of struggle for the right to health.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(2): e00004815, 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-952258

ABSTRACT

Resumo Baseado numa investigação qualitativa desenvolvida em 2012, o artigo analisa experiências de abortos provocados de pessoas de estratos sociais médios realizados em clínicas privadas. Foram narradas 34 histórias de gravidezes interrompidas em clínicas por 19 mulheres e cinco homens, residentes em duas capitais do Nordeste brasileiro. Uma análise temática revela que existem diferentes tipos de clínicas e de atendimento prestados pelos médicos. O artigo mostra que a realização de um aborto em uma clínica privada não é garantia de um atendimento humanizado e seguro. As narrativas fornecem descrições de diversas situações e práticas, desde aquelas com algumas falhas, como a falta de informações sobre os medicamentos, até outras com abusos graves, como procedimentos realizados sem anestesia. Assim, conclui-se que a ilegalidade da prática do aborto, no Brasil, permite que as clínicas funcionem sem qualquer tipo de regulação do Estado, não impedindo que as mulheres realizem abortos, mas as expondo a situações de total vulnerabilidade e de violação dos direitos humanos.


Abstract Based on a qualitative study conducted in 2012, the article analyzes middle-class individuals' experiences with induced abortions performed in private clinics. Thirty-four stories of induced abortions were narrated by 19 women and five men living in two state capitals in Northeast Brazil. Thematic analysis revealed differences in types of clinics and care provided by the physicians. The article shows that abortion in private clinics fails to guarantee safe or humane care. The narratives furnish descriptions of diverse situations and practices, ranging from flaws such as lack of information on medicines to others involving severe abuses like procedures performed without anesthesia. The article concludes that criminalization of abortion in Brazil allows clinics to operate with no state regulation; it does not prevent women from having abortions, but exposes them to total vulnerability and violation of human rights.


Resumen En base a una investigación cualitativa, desarrollada en 2012, el artículo analiza experiencias abortivas practicadas en personas de estratos sociales medios, realizadas en clínicas privadas. 19 mujeres y cinco hombres residentes en dos capitales del nordeste brasileño narraron 34 historias de embarazo interrumpido en clínicas de estas zonas. El análisis temático revela que existen diferentes tipos de clínicas y de atención, donde ejercen su labor los médicos. El artículo muestra que la práctica de un aborto en una clínica no es garantía de una atención humanizada y segura. Las historias describen diversas situaciones y prácticas, desde aquellas con algunos fallos tales como la falta de información sobre los medicamentos, hasta otras con abusos graves como procedimientos abortivos realizados sin anestesia. Por ello, se concluye que la ilegalidad de la práctica del aborto en Brasil permite que las clínicas funcionen sin ningún tipo de regulación del Estado, lo que no impide que las mujeres realicen abortos, exponiéndolas a situaciones de total vulnerabilidad y violación de sus derechos humanos.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Adult , Young Adult , Private Practice/standards , Women's Health Services/standards , Abortion, Induced/standards , Health Services Accessibility , Socioeconomic Factors , Brazil , Attitude of Health Personnel , Surveys and Questionnaires , Abortion, Induced/methods , Qualitative Research , Middle Aged
4.
Rev. polis psique ; 5(2): 69-87, 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-983007

ABSTRACT

O presente artigo discute a prática de pesquisa em ciências humanas a partir do conceito de dialogismo, desenvolvido pelo filósofo Mikhail Bakhtin. A teoria dialógica bakhtiniana possibilita pensar a relação pesquisador-pesquisado no escopo da investigação que trabalha com a intervenção no campo. Além disso, a interlocução desta teoria com a filosofia de Henri Bergson adensa nossa reflexão na perspectiva da produção de sentidos na análise realizada pelo pesquisador, desviando de lógicas deterministas que conduzem à fixação de um único sentido durante o exercício da interpretação.


The purpose of the present article is to discuss research practices in the human sciences through the concept of dialogism developed by Russian philosopher Mikhail Bakhtin. Dialogical theory allows us to think the relation between researcher and the object of study within the scope of a research practice that intervenes in its field. Furthermore, the discourse between this theory and Henri Bergson’s philosophy deepens our reflection on the perspective of meaning production within the researcher’s analyses by deviating from deterministic logics which tend to limit interpretation to one single meaning.


En este artículo se discute la práctica de investigación en Humanidades por medio del concepto de dialogismo desarrollado por el filósofo Mikhail Bakhtin. La teoría dialógica de Bakhtin permite pensar la relación investigador-investigado en el contexto de la investigación que trabaja con la intervención en el campo. Al mismo tiempo, el diálogo de esta teoría con la filosofía de Henri Bergson profundiza nuestro pensamiento desde la perspectiva de la producción de sentido en el análisis realizado por el investigador, a diferencia de una lógica determinista que conduce a la fijación de un único sentido durante el ejercicio de interpretación.


Subject(s)
Methodology as a Subject , Research , Researcher-Subject Relations
5.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 17(4)out.-dez. 2009.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-621196

ABSTRACT

A partir da década de 1980, a violência contra as mulheres começa a se configurar como um problema social e de saúde pública no Brasil. Entendendo a complexidade que envolve as situações de violência contra as mulheres, este artigo teve como objetivo estudar os sentidos de violência contra as mulheres nas narrativas de homens denunciados por violência conjugal. Para isso, privilegiou-se o uso de pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez homens denunciados na Delegacia da Mulher de Recife, no primeiro semestre de 2008. Na organização dos resultados foram formuladas duas categorias analíticas. Na primeira, reuniram-se os resultados nos quais as situações de violência contra as mulheres são justificadas a partir de mudanças nos comportamentos das mulheres. Parece que a construção do relacionamento conjugal se dá dentro dos padrões hegemônicos de gênero e quando estes são, de alguma maneira, desestabilizados, instalam-se os conflitos. Na segunda categoria, as situações de violência constituem-se como padrão relacional, ou seja, a violência é o sentido da relação conjugal. Deste modo, as análises construídas nesse estudo pretendem enfatizar a complexidade que envolve a questão da violência contra as mulheres, compreendendo-a como uma problemática que abrange questões políticas, sociais, educacionais e de saúde.


In the 1980s, violence against women came to be recognized as a societal and public health problem in Brazil. In an effort to contemplate the complexity involved in domestic abuse situations, this article aims to study the violent sentiment against women through the first-hand accounts of men who have been accused of domestic violence. To accomplish this, a qualitative research methodology was employed, using semi-structured interviews involving ten men who had been accused of domestic violence at the Delegacia da Mulher (women?s justice department), in Recife, Brazil, from January to July, 2008. Results were organized into two analytical categories: firstly, results which demonstrated that violent situations against women were justifiable due to changes in women?s behavior. In these cases, it appears that the conjugal relationship is constructed around hegemonic standards of gender, and when these are, in some way, destabilized, conflicts arise. In the second category, violent situations were observed to be part of a relationship pattern; or, violence appeared to be the main sentiment of the conjugal relationship. In sum, the analyses carried out in this study aimed to emphasize the complexity surrounding the issue of violence against women, attempting to comprehend this issue as a problematic one with political, social, educational and health implications.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL